Ainda não tinha visto o filme De pernas pro ar. Ontem consegui um tempinho no meio da reforma para assistir algumas partes.
O enredo é simples e mantem você de bom humor até o final, Ingrid e Maria Paula fofas e divertidas como sempre.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a questão da sexualidade da mulher.
Você já pararam pra pensar que um sex shop ainda é um local que pouco nos sentimos à vontade?
A postura do marido machão estava "ipsis literis": mulher minha não trabalha num lugar desses, não frequenta...
Do que será que eles tem tanto medo afinal? Que a gente acabe se apaixonando pelo coelho????? (pra quem assistiu sabe do que estou falando).
No filme tratam de uma forma mais simplista, só "maquininhas" resolvem nosso problema, eu acho que somos um pouco mais complexas. Claro que por ser um filme de comédia não tem como se aprofundar em toda a situação.
Mas achei bárbaro o movimento das mulheres que levam prazer à todo o território nacional, do Oyapoque ao Chuí (até uniforme elas tinham, um verdadeiro esquadrão a la Mary Kay).
E voltando ao se sentir à vontade para falar disso, precisamos trabalhar de verdade.
Li alguns textos que colocam uma culpa maior do que existe na questão, como se ao encontrarmos prazer não faríamos outra coisa na vida, nos condenaríamos a um vício irreversível.
Toda mulher tem o direito de sentir prazer, precisamos resolver esta questão da culpa. Nada mais lindo que saber que estamos vivas e que nosso corpo inteiro tem pontos magnéticos.
Nada mais harmônico que uma mulher feliz consigo mesma.
E que fiquemos, de vez em quando, de pernas pro ar!
Autora: Giovanna Loria (Terapêuta Floral e Cromoterapia, Estudiosa de Tântra e suas aplicações e Sociedade Matriarcais)